novembro 08, 2006

Sobrevivência ingrata

Um dia, no meio da floresta verde, passeava mole e pegajoso, sem pressas deixando um rasto para saber o caminho de volta. De folha em folha, arrastando a sua casa sujeito a uma pisadela ou a um trágico final. Solitário e viajante nunca pára, só quando chove. Esconde - se na sua casa e ali fica até o frio e a chuva passar. Tem corninhos moles, e há quem diga que são eles os seus olhinhos.
Há quem os coma...há quem os desaloje para se apoderar da casa e dela fazer uma vela...há quem os esborrache, só pelo gozo de ouvir o barulho...ele não se defende...tanta coisa que se pode fazer com um animal tão sossegadinho que só quer seguir a sua vida, comer e dormir, não ladra, nem morde, também nao cheira mal, apenas existe, tem corninhos como olhos atentos que vêm tudo à volta, e a casa às costas!
Experimentem ser como o caracol um dia só...não é fácil!!...
Há que ser mais como a joaninha que pelo menos tem asinhas para voar quando há perigo, é linda, sempre na moda, mais rija, dá sorte quando aparece, e chuva quando a matam!!
Escolham...